O chamado filme histórico é um dos temas mais consagrados na história do cinema. Cinema é sempre ficção, mesmo que baseado em fatos reais, sempre há a leitura das pessoas que trabalharam no roteiro, filmagem e produção Mas pode ser por exemplo uma ilustração sofisticada para compor cenários distantes e desconhecidos a nós; muitos de forma direta ou indireta acrescentam detalhes de conteúdo à matéria. Um filme pode nos transportar para épocas diferentes , despertar novos interesses, representando um potencial de aprendizado. Veja a seguir sugestões de filmes para os temas: Civilização Grega, Império Persa e o Absolutismo Monárquico.
Tróia (Troy, EUA, 2004)
Direção: Wolfgang Petersen
Elenco: Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Brian Cox
Duração: 163 minutos
Resumo: Cavalo de Tróia, calcanhar de Aquiles. Essas são apenas duas expressões de uso popular que remontam a uma lenda grega de três mil anos. Todo mundo sabe onde fica o tendão de Aquiles, mas quantas pessoas podem dizer quem diabos era esse sujeito que emprestou o nome a uma parte tão pouco nobre do corpo humano? A resposta está em “Tróia” (Troy, EUA, 2004), a superprodução de 200 milhões de dólares que narra, de maneira visualmente espetacular, a maior guerra da Antiguidade.
300 (2006)
Direção: Zack Snyder
Resumo: Em 480 antes de Cristo, durante a famosa batalha de Thermopylae, o rei de Esparta, Leônidas (Gerard Butler), lidera seu exército contra o avanço dos Persas, comandados por Xerxes (Rodrigo Santoro). Na História, a batalha ficou marcada por ter inspirado toda a Grécia a se unir, o que ajudou a solidificar o conceito de democracia que se conhece hoje. Adaptação dos quadrinhos criados por Frank Miller. Os 300 de Esparta, de 1962, que romantiza a dramática Batalha das Termópilas e culmina com o sacrifício de um pequeno contingente de soldados espartanos.
A pesquisa histórica daquele período ainda causa controvérsia, mas, a única coisa de que todos os historiadores concordam é que a única fonte da Batalha das Termópilas, que fez parte da Guerra Greco-Pérsica, é o historiador Heródoto, cujo relato se aproxima do que realmente aconteceu lá mais do que qualquer outro dado. Heródoto é considerado o “Pai da História” por muitos especialistas atuais, afinal, seus escritos são as melhores referencias que temos do mundo Antigo.
Enfim, tudo que se vê, é como Miller viu, não como aconteceu.
Elizabeth
Resumo: Inglaterra, 1554. O país está dividido entre católicos e protestantes. Mary Tudor (Kathy Burke) está no poder e é uma católica fervorosa, mas tem um tumor que a deixa com os dias contados. Sua meia-irmã, Elizabeth (Cate Blanchett), é uma protestante convicta e a primeira na linha de sucessão. Elizabeth é levada até a rainha, que tenta fazê-la prometer que o país seguirá o catolicismo. Mas, apesar de poder morrer, Elizabeth diz que será fiel à sua consciência. Já no leito de morte de Mary Tudor, o Duque de Norfolk (Christopher Eccleston) tenta fazer em vão com que a rainha assine a pena de morte de Elizabeth que, com a morte de Mary, é coroada rainha. Entretanto, Elizabeth herda um país falido, sem exército e com inimigos por todos os lados, até mesmo na sua própria corte, forçando-a a calcular cada passo para permanecer no poder. Inicialmente ela comete erros graves, mas gradativamente vai se firmando e, sempre aconselhada por Sir Francis Walsingham (Geoffrey Rush), ela planeja matar todos os seus inimigos para consolidar seu poderio.
Elizabeth - A Era de Ouro
Tempo de Duração: 114 minutos
Resumo: Ano de 1585, Elizabeth I está quase há três décadas no poder da Inglaterra, mas ainda precisa lidar com a possibilidade de traição de sua própria família. Em paralelo, a Europa passa por uma fase de catolicismo fundamentalista, que tem como líder o rei da Espanha, Felipe II. Apoiado pelo Vaticano e armado com a Inquisição, Felipe II planeja destronar Elizabeth I, que é protestante, e restaurar o catolicismo na Inglaterra. Preparando-se para entrar em guerra, Elizabeth busca equilibrar as tarefas da realeza com uma inesperada vulneabilidade, causada por seu amor proibido com o aventureiro Sir Walter Raleigh. A história diz respeito a um momento crucial para a Inglaterra, a defesa do país contra o ataque da "Invencível Armada" espanhola em 1588, apoiada pelos católicos ingleses, que tramam derrubar Elizabeth e coroar Mary Stuart, rainha da Escócia.
No filme existem imprecisões e falseamentos históricos - como apresentar o aventureiro Raleigh como comandante da frota inglesa contra os espanhóis, reduzir a guerra entre Espanha e Inglaterra a mera divergência religiosa entre cristãos malvados e protestantes bonzinhos ou ignorar o fato de que Cate Blanchett não aparenta no filme os mais de 50 anos de idade que a rainha tinha na época dos acontecimentos.
O Homem da Máscara de Ferro
Duração: 132 minutos
Resumo: No século XVII, o rei da França, o cruel Luís XIV (Leonardo DiCaprio) manda seu irmão gêmeo Philippe (DiCaprio de novo) para uma masmorra, temendo que ele possa roubar-lhe o trono. Como se torna um tirano, pelo qual nem mesmo os seus súditos mais fiéis tem simpatia, Luís atrai a inimizade dos famosos mosqueteiros Athos (John Malkovich), Porthos (Gérard Depardieu) e Aramis (Jeremy Irons). Quando eles descobrem o segredo do rei, decidem salvar o prisineiro e, talvez, mudar os rumos da França. "O Homem da Máscara de Ferro" é a quarta adaptação do livro de Alexandre Dumas.
A Outra
Direção: Justin Chadwick
Duração: 115 minutos
Resumo: Entre os personagens que fazem parte da história da Inglaterra, poucos produzem tanta curiosidade quanto Henrique VIII, um homem que liderou o país de 1491 a 1547 e teve sua imagem fixada dentro do imaginário popular pelo fato de ter se casado seis vezes.
Em uma época em que o rei decidia os destinos de todos e começava a ser gerado o embrião do Império que só viria bem mais tarde, Henrique VIII (Eric Bana), o segundo monarca da Dinastia Tudor e um déspota com nenhuma tolerância com seus desafetos está em um momento delicado de seu reinado.
Casado com Catarina de Aragão (Ana Torrent) ele precisa desesperadamente de um herdeiro do sexo masculino. Pouco afeito a sutilezas e utilizando todas as vantagens de sua posição, o rei mantinha então diversas amantes ao alcance de suas mãos.
É na tentativa de aproveitar esta característica particular de Henrique que o Duque de Norfolk (David Morrissey) convida o rei e sua comitiva para a casa de seu irmão Sir Thomas Boleyn (Mark Rylance), contando que este se interesse em oferecer o "cargo" de amante do rei para sua sobrinha Anne Boleyn (Natalie Portman).
Mas as coisas não acontecem de acordo com o esperado e a posição é oferecida à Mary Boleyn (Scarlett Johansson), irmã de Anne, casada, mas que acaba se apaixonando pelo rei.
O destino de todos estes personagens, especialmente de Anne e sua coragem de enfrentar a tirania de Henry e todos os detalhes que a história já havia varrido para debaixo do tapete, foram trazidos para a luz pelo livro de Philippa Gregory, de onde foi adaptado o roteiro de Peter Morgan.
Dirigido por Justin Chadwick com uma bonita reconstituição de época, o filme tem como seu maior trunfo a descrição destas tragédias particulares do ambiente que envolve aqueles que governaram os destinos das nações, facilmente lembramos dos privilégios do poder, do luxo e das riquezas, mas poucos sequer cogitam os sacrifícios
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Filmes Históricos
segunda-feira, 25 de maio de 2009
2 comentários:
Nossa psora, vlw pela lista dos filmes complementares ae! falta colocar o tal "filme censurado" do Alexandre na lista...
Como vc colocou sendo parte historica o filme "300", vc poderia passar ele em classe, neh??
Brinkadera, tah muito bonito seu blog viu psora, axo q vc se saiu muito bem nessa "nova descoberta" =D
Abrasssssss, Paschoal
Bom, Alexandre vc sabe que não posso indicar devido a censura que é 18 anos e meus alunos têm entre 11 e 15 anos.
Quanto ao 300, não é bem assim vc viu no post que na verdade é baseado na HQ, mas quem sabe, vamos estudar os persas na semana que vem.
Que bom que vc está gostando do blog, espero que seja útil.
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